A felicidade
A felicidade não tem uma forma única.
Ela é, acima de tudo, uma questão de percepção.
Às vezes, acreditamos encontrá-la no passado — em lembranças queridas, pessoas amadas ou conquistas que nos orgulham.
Mas o passado é um lugar perigoso para se viver.
Se demorarmos demais por lá, corremos o risco de nunca mais voltar. na fartura, nas conquistas, nos bens materiais.
Mas estar rodeada de coisas não significa estar preenchida.
A correria preenche o tempo, mas não o coração.
E isso pode nos afastar de quem somos e de quem está ao nosso lado.
Nos perdemos, sem perceber, em relações vazias e pensamentos que nos corroem.
Idealizá-lo demais é como correr atrás de uma linha no horizonte.
Porque é nele que vivemos, de fato.
É aqui que sentimos, respiramos e pertencemos.
Mas, com leveza, podemos atravessar os tropeços.
Se estivermos cercadas de afeto, melhor ainda.
Mas a verdade é que, no fim das contas, ser feliz é uma escolha interna.
Ela pode estar em um gole de chá, em um riso leve, em uma pausa silenciosa no meio da tarde.
Ela simplesmente acontece.
E o que a gente precisa... é sentir.
Ela não se mede, não se pesa, não se compara.
Outras vezes, buscamos a felicidade na abundância.
E então, perdemos a esperança de encontrar a felicidade no futuro.
Mas o futuro… acontece a cada instante.
Talvez o presente seja o melhor lugar para encontrá-la.
Sim, a vida vai nos desafiar — e muito.
A felicidade não precisa ser grandiosa.
Inspirado em “O Pássaro Azul” (1940, Walter Lang)
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